24 dezembro 2016

Natal

É Natal outra vez. 
Este ano temos mais um elemento na familia.
Tem 4 meses e é um simpático.
Claro que mais um ano me pergunto se algum dia terei um filho para rasgar papel juntamente com os primos. Infelizmente não sei.
Estou a fazer tudo para que sim. Estou de consciência tranquila que estou a fazer tudo o que está ao meu alcance.
Mas também tenho uma certeza: estou a chegar ao meu limite. São muitos anos, muitos tratamentos, muitos sorrisos e muitas lágrimas.
Ao longo destes anos tenho conhecido e falado "virtualmente" com muitas mulheres com problemas de infertilidade.
Todas com problemas diferentes, todas com histórias diferentes. Vamos vendo histórias de sucesso diariamente e é isso que nos dá força para acreditar.
Uma coisa todas temos em comum: o desejo de ter um filho e força para lutar por isso.
3 Anos após o meu primeiro tratamento uma coisa eu sei, é preciso querer muito um filho para carregar a "mochila" que tratamento após tratamento vai ficando mais pesada.
Cada tentativa falhada é uma batalha que perdemos a lutar contra a natureza. E até ao final não sabemos se vamos ganhar a guerra. 
E sim, sem dúvida que todas (os) nós que passamos por isto somos umas guerreiras (os).
Que 2017 nos traga os nossos desejos.

20 dezembro 2016

Consulta de Hematologia

"Não descobrimos nada de novo que possa justificar os abortamentos portanto vou-lhe dar alta."
Por um lado, ótimo, por outro, continua tudo sem explicação.
Neste mesmo dia tivemos consulta para definir o protocolo do tratamento a iniciar no ciclo de Fevereiro.
Medicação do costume mas com doseamentos diferentes.

02 dezembro 2016

Consulta de Psicologia

Esta sim fou uma consulta de Psicologia.
Adorei a médica.
Foi uma consulta sem pressas em que nós (essencialmente eu) pudemos falar do que nos assombra neste luta que já vai longa.
Por opção minha ficou nova consulta marcada para dia 20/02/2017. Pelas nossas contas o tratamento estará a decorrer nessa altura.

20 novembro 2016

Adoção: sim ou não?

O tema só foi abordado, por mim, uns dias depois da reunião.
Com o marido tem que ser tudo arrancado a saca rolhas.
Ficou decidido que até ao tratamento de Fevereiro iriamos deixar o assunto pendente.
Não me sinto muito segura em relação ás certezas dele em adotar. Preciso de me certificar melhor.
Na reunião também foi um dos temas abordados: abertura para adoção qunado existe filhos de sangue de uma das partes. 
E eu, acredito realmente que faz toda a diferença.

11 novembro 2016

Reunião de Informação sobre adoção

Hoje foi dia de reunião na Segurança Social.
Foram cerca de 2:30 em que explicaram as "regras" essenciais da adoção e falaram um pouco sobre listas de espera.
Confesso que me faz um pouco de confusão existir uma fórmula para determinar se os casais tem capacidade financeira para adotar ou não.
Mas, pronto, também percebo que têm de garantir que as crianças são "bem" entregues. No fundo é aquele sentimento de frustração que vem ao de cima: "Como sou infértil tenho que me passar por uma "investigação" completa á minha vida".
Fiquei bastante apreensiva pelo facto de as crianças a partir dos 16 anos, desde que acompanhadas pelo pais adotantes, ou partir dos 18 sozinhas, possam saber as suas origens.
Na minha opinião as crianças devem saber que foram adotadas, no devido tempo claro. Mas saber as origens? depois há perguntas que inevitavelmente nos assombram: e se há irmãos de sangue e já não querem voltar?
Quem dá amor e quem cria é muito importante.
Sai de lá apreensiva.
O marido, como já é seu costume, remete-se ao seu silêncio.

01 setembro 2016

1ªConsulta na Maternidade Julio Dinis

Para "gastar a minha última oportunidade no Público decidi mudar de "ares".
Não tive nada a apontar ao Hospital de Guimarães e sei que não têm culpa nenhuma do insucesso, mas decidi mudar. 
Já a minha querida avô dizia "Quem muda Deus ajuda".
Tivemos a nossa primeira consulta.
Levamos as análise e os exames que nos tinham pedido para levar.
Não pediram mais nenhum exame para além de todos os que fomos juntando ao longo destes anos.
Uma coisa que sempre me "afligiu" foi ver nos processos a classificação da Infertilidade: Inexplicada.
Sempre pensei que se descobrisse a causa fosse mais fácil. Mas pronto, nada a fazer quanto a isso.
Devido ás minhas trombofilias a Drª achou melhor pedir uma consulta de Hematologia.
Em Dezembro teríamos nova consulta para ver resultados e planear tratamento para Fevereiro.

07 julho 2016

Idiopática

Foi dia de consulta no hospital de Guimarães.
Basicamene para levantar o relatório no qual consta o diagnóstico Idiopática

18 junho 2016

40- O número que na Infertilidade ninguém gosta

Tinha acabado de fazer 39. Dali a um ano faria 40.
O tempo esgotava-se.
Após o último tratamento no Privado decidimos "fechar essa porta". Não tinhamos mais plafond para gastar.
Só nos restava o Público e uma única tentativa.
Apesar de ainda ter direito a duas tentativas no Público a idade não me iria permitir usar.

15 junho 2016

Dia do Beta

Tinha Beta marcado no hospital de Guimarães para o dia 16/06/2016.
Algo em mim me dizia que desta não ia ter um positivo.
Não sentia sintomas nenhuns.
No dia 15 fui ao laboratório fazer a análise.
Não disse nada a ninguém até ás 15:00, hora em que chegou o email com o terrível 0.0.
Mais uma tentativa por terra. 😢😢
Liguei para o hospital a informar. Nem valia a pena ir la no dia seguinte repetir o Beta.

10 junho 2016

Dias que não passam

Ai relógio que não andas. Ai dias que não passam.
É sem dúvida este o pensamento que nos "assombra" nestes dias de espera. Passados os primeiros dias sabemos que ou já está ou não, mas nós ainda não sabemos.
O sofá e a preguiça sabem bem mas quando é por opção. Quando é por obrigação ja não há livro nem série na TV que ajude o tempo a passar.

06 junho 2016

Transferência

Chegou o dia da transferência.
A ansiedade é sempre muita. Estamos sempre ansiosos por saber quantos embriões sobreviveram.
Neste caso foram 2 que foram transferidos.
Obtive 10 ovócitos, dos quais 9 eram maduros.
Fecundaram 9 mas no dia da transferência só tinha 2 (BB).
Nada para guardar par o futuro...
Beta marcado para dia 16/06/2016.

04 junho 2016

Transferência adiada

Era Sábado e por isso chegamos rapidamente a Guimarães. Era cedo e quase não havia trânsito.
Quando estavamos mesmo a chegar ao hospital telefonaram a adiar para segunda feira.
Só restavam 4 embriões mas eram bons e decidiram transferir apenas no 5º dia.

03 junho 2016

A espera

A enfermeira ligou a informar da fecundação e que teríamos de aguardar para ver a evolução.
No dia 3 ao final do dia ligou a pedir par estar lá no dia seguinte ás 9 da manhã.
Tinha havido muita degeneração e estavam com medo de arriscar adiar mais a transferência.
Confesso que fiquei apreensiva. Tanto na Clínica do Professor Alberto Barros como ali me tinham dito que devido ao meu historial clínico o ideal era transferir ao 5º dia. 
Quererem transferir já não era de todo bom sinal.

02 junho 2016

Dia da Punção

Tínhamos que estar no hospital ás 8:30.
Éramos 3 para fazer punção nesse dia.
Tivemos sorte e ficamos sozinhos num quarto.Tivemos mais privacidade.
Fui a última a ir para o bloco.
Confesso que já estava com uma fome devoradora.
Quando chegou a minha vez a médica veio dizer-me que iria ter de esperar mais um pouco. " Há uma criança que tem de nascer".
Acabei a só ir para a bloco por volta das 10:30. O tempo de espera passou bem.
Fui conversando com o médico e a enfermeira que estavam lá comigo.
Assunto da conversa; Infertilidade, FIV, sofrimento.
A bióloga no fim veio falar connosco e disse-nos que tinham colhido 10 ovócitos e que iam ver a evolução.
Devido ao meu historial preferiam transferir ao 5º dia mas que iam dando noticias.

19 maio 2016

4ªFIV

No dia 19/05/2016 iniciei as picas: 150 UI Menopur + 150 UI Puregon.
Mantive estas doses até ao dia 22.
No dia 23 fiz a minha 1ªeco e as doses foram mantidas. Acrescentaram 1 ampola de Orgalutran a partir do 24.
Mantive os 3 até ao dia 29.
No dia 30 fiz Ovitrelle e a punção ficou marcada para dia 2 de Junho.

17 maio 2016

Consulta Pre-Anestesica

Esta consulta é basicamente para preparem a sedação para a punção e dar as devidas recomendações.
Nesta fase já sentia que não necessitava dela mas na minha primeira em 12/2013 fez muita falta.
A ignorância ás vezes faz com que façamos coisas que nos podem sair caras.
Nunca tinha levado uma sedação na vida. 
Como tal no dia da punção antes de rumar a Santiago de Compostela tomei pequeno -almoço!!! e como se não bastasse, quando lá cheguei ainda comi mais alguma coisa.
Quando a anestesia já me estava a " entrar nas veias" o médico disse algo do género " vamos lá despachar isto que há tantas horas em jejum já deve ter fome." 
Só me lembra de pensar "Espero que acorde".

11 abril 2016

4ª Consulta

Nesta consulta a Drª analisou os nossos resultados das análises e definimos o protocolo para iniciar o tratamento com o ciclo de Maio.

11 fevereiro 2016

Consulta de Psicologia

O dia da consulta de Psicologia chegou.
Sinceramente vim de lá um pouco desiludida. Senti mesmo que foi para cumprir protocolo.
Basicamente foi-nos perguntado porque queríamos ter um filho.
De seguida, o Psicólogo perguntou-me a mim se eu já tinha investigado/lido e tinha noção do processo da FIV e se estava preparada para ela. Ao mesmo tempo deu-me um folheto informativo.
Pensei: "Não leu o meu processo de certeza."
Disse ao Dr. que era a minha4ª FIV.
"Sendo assim já sabe para o que vai".
Disse-nos que se precisássemos de algo ao longo do processo para estarmos á vontade para o contactar.
Estivemos lá 8/10 minutos.
O médico fui super simpático mas esperava mais da consulta.

01 janeiro 2016