26 maio 2017

Braga Romana - Reviver Bracara Augusta

Na passada Quarta Feira começou a 14 ª edição da Braga Romana.
Até Domingo são muitas as animações culturais no centro histórico de Braga.
No site oficial encontram todas as informações necessárias:
http://bragaromana.cm-braga.pt/
Hoje, Sexta Feira é o desfile, considerado o ponto alto da Braga Romana, em que os participantes se vestem a rigor.
Vale a pena visitar Braga por estes dias nem que seja para comer um pão com chouriço e beber uma sangria!


Pão com chouriço


Meu crepe a ser feito












Coroas de Flores

13 maio 2017

Da Psicologia à Psiquiatria...

No dia 4 de Maio para além da consulta de Infertilidade, tive também consulta de Psicologia.
No final, a Drª M diz-me que voltarei lá em Junho.
De seguida diz-me que na opinião dela deveria ter uma consulta de Psiquiatria. Como????Psiquiatra??A Infertilidade para além de tudo pôs-me maluca????
"..Não a sinto melhor...".Fiquei em silêncio. A Drª M "leu" os meus pensamentos e lá me explicou que a intenção não é dar-me medicação, que a Drª X até e contra a medicação e só a passa mesmo quando necessário.
Efetivamente, a palavra Psiquiatra assustou-me e pensei logo que não quero andar "dopada". A dor é muita, mas ela não vai desaparecer se me "entupir" de medicação.
A Drª M tem medo que desenvolva uma depressão reativa a todos os acontecimentos dos últimos anos.
Na minha humilde opinião, se me aconselhou a ir para Psiquiatria, é porque acha que já a "tenho"...
Ás vezes pergunto-me se não será esse o desfecho o normal. 
Seria suposto "sair" de três anos e meio de Infertilidade sem nenhuma mazela?
Seria suposto ao fim de 6 Tratamentos com doses enormes de hormonas, 3 Resultados Negativos e 3 Abortos estar a mesma pessoa?
Tenho a certeza que não.
Não me considero uma super mulher mas também não me considero fraca.
Se há 4 nos atrás me dissessem que eu iria "passar" por tudo isto eu diria: Impossível. Desisto na primeira derrota.
Mas não desisti. 
Lutei até onde pude.Olhando para atrás, nem sei como em certas alturas me mantive tão firme.
A Drª M diz que não me posso culpar pelo insucesso porque fiz tudo o que pude. 
Eu sei que fiz. Mas mesmo assim, o insucesso não se torna "leve".
Tudo isto seria mais fácil se pudesse culpar alguém. Se pudesse despejar a minha raiva em alguém.
Mas não posso. Não tenho culpados para apontar. 
A única culpada aqui sou eu. Sou eu que não engravido. Sou eu que não consigo levar uma gravidez até ao fim.
Tento diariamente não me ir abaixo. Tenho, sem dúvida, muitas coisas boas na minha vida. Mas não é por isso que a dor e a tristeza de ser Infértil se tornam menores.
Ouço muitas vezes as pessoas dizerem: " Tudo acontece por uma razão". Tive até quem me dissesse isso quando abortei. Mas que raio de razão é esta que me impede a mim de ser mãe?
Há dias que passam na normalidade. Há outros que sinto algo dentro de mim a "rasgar-me".
A dor é muita. 
A tristeza é muita. 
O sentimento de impotência é avassalador.
Perdi uma guerra contra um inimigo invisível. Não tem nome. Não tem rosto. Mas ganhou!




06 maio 2017

Desapego

"....Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário....
Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver...."

Fernando Pessoa

04 maio 2017

Decisão Tomada

E pronto...até Setembro não faço TEC.
Consulta marcada para o dia 6 de Setembro.
Disse á Dra. exatamente o que sinto: não me sinto com capacidade para avançar já com a TEC.

02 maio 2017

Dia da Mãe

O dia da Mãe está a chegar.
Ainda tenho a minha mãe junto de mim, e agradeço por isso.
No entanto não vou mentir: já não consigo "ouvir" falar do dia da Mãe. 
Para cada lado que me viro há publicidade do dia da Mãe.
Ligo o rádio ou a TV, e falam do dia da Mãe.
Estou na fila do supermercado, e a conversa é a Festa do Dia da Mãe no colégio.
Sei que posso parecer insensível, mas estes dias só me apetece "gritar". Não com alguém especifico, mas com o destino que decidiu que eu não devia ser Mãe.
Se pudesse, não saia de casa até o dia passar.
Sei que não mudaria nada, mas é o que me apetece fazer.
Com tudo isto, não me sai do pensamento, que tenho de contar aos meus pais que nunca lhes darei um neto. E não sei como... Falta-me a coragem...